O mais importante é que os pais compreendam que a técnica do pacotinho não existe apenas para facilitar na hora do manejo do bebê, mas também para ofertar limitação para a criança. Vocês devem estar questionando: como assim limitação?
No útero materno o bebê permanece em um espaço pequeno, apertado, aconchegante, quentinho e seguro. Ao nascer a criança se depara com diversos estímulos como frio, calor, manipulação, fome, luz (claro/escuro) e barulhos, sendo que estes estímulos podem ser amenizados ou evidenciados. Quando utilizamos a técnica do pacotinho oferecemos para o bebê a limitação já conhecida por ele no útero materno, ou seja, relembramos o local que transmitia aconchego e segurança, assim amenizamos todo o processo de adaptação ao ambiente externo.
Podemos observar a necessidade do bebê desta limitação quando está deitado no berço/cama e se encontra livre. Observe que em pouco tempo o choro surgirá, a agitação estará presente, os bracinhos permanecerão abertos e em movimentos constantes. Isso ocorre porque o bebê sente-se inseguro, desprotegido, solto e sem nenhum limite que lhe conforte, por isso a técnica do pacotinho é fundamental para acalmar e tranquilizar o bebê. Vale lembrar que para os dias quentes devemos atentar na hora da escolha do tecido para o pacotinho, sendo mais indicado tecidos de algodão ou de fibras naturais.
Com tudo, esta técnica é indicada para os primeiros meses de vida do bebê, pois com o desenvolvimento da criança o aconchego do colinho da mamãe e do papai é a melhor opção.
Matéria: Wanessa Bastos - Enfermeira especialista em Neonatologia e Pediatria da Cuidar Materno
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